rtmp://1.6791735.fme.ustream.tv/ustreamVideo/6791735

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

O fim da Gazeta do Povo



O último grande jornal de Curitiba se prepara para sair de cena de forma melancólica. O adeus vai sendo dado a conta-gotas, e de maneira irreversível. Primeiro, o jornal foi se desfazendo dos profissionais que considerava dispensáveis; depois, desfez-se dos indispensáveis também. O conteúdo, em declínio constante, deixou de atrair leitores. E o ciclo da morte anunciada, acelerou-se. O formato foi reduzido. Eliminou-se a edição de domingo, cortaram-se cadernos, colunistas e sucursais.
Agora, a “Gazeta” suspendeu a venda de assinaturas e, no dia 18 deste mês, vai cancelar todas as atividades no interior do Estado. Inclusive o envio dos jornais para as bancas. No meio jornalístico, diz-se que o jornal já faleceu. Não tem mais atividade cerebral. Só falta desligarem as máquinas para morrer de fato. E isso ocorrerá antes que o mês de abril chegue.
Primeira edição do Jornal Cidade
Sinal da falta de atividade cerebral do jornal: todo dia 3 de fevereiro, há 97 anos, a “Gazeta” comemora com estardalhaço o seu aniversário. Neste ano, não. Silêncio. Triste silêncio. Não só para os funcionários, não só para a comunidade jornalística. Mas para toda a sociedade paranaense, e, principalmente, a curitibana.
No início dos anos da década de 1980, quando eu cursava jornalismo na UFPR, Curitiba era, com orgulho, a cidade brasileira que mais tinha jornais diários proporcionalmente à população. Tanto, que não havia problema de falta de emprego para os jornalistas recém-formados. Tínhamos, se a memória não me falhar, os seguintes jornais em circulação: “Diário Popular”, “Diário do Paraná”,(depois virou “Folha de Curitiba”), “O Estado do Paraná”, “Tribuna do Paraná”, “Indústria & Comércio”, “Correio de Notícias”, “Jornal do Estado”, as grandes sucursais do “Jornal do Brasil”, do “Estadão”, da Editora Abril e da Bloch Editores… Havia, ainda, uma sede grande da EBN (Empresa Brasileira de Notícias – do governo federal). E tínhamos, também, jornais semanais como o “Voz do Paraná” e o “Curitiba Shopping”.
Tudo isso se passou. Virou história. A “Gazeta” foi a última dos moicanos. Resistiu bravamente ao avanço massivo, irrefreável e determinado da internet. Oremos, pois, pela “Gazeta”…

Valdir Jose Cruz , jornalista, na Coluna do Juk

http://blogdojj.com.br

NR: Infelizmente São José dos Pinhais caminha para o mesmo destino: o fim do jornal impresso.
Há dois ou três anos tínhamos 11 títulos na cidade. Eram eles: A cinquentona Tribuna de São José, Tribuna Metropolitana, Correio Paranaense (que nem é da cidade), Correio de Notícias (infelizmente circulando sem periodicidade), Jornal Cidade (que comemora três anos dia 27 deste), Jornal190 (com circulação dirigida ao bairro Guatupê), Nosso Jornal (fora de circulação há mais de dois anos), Coração de Estudante (inativo há anos), Visão Atual (também já pouco lembrado pelos leitores), Jornal Realidade (circulando sem periodicidade), É Notiícia (que circulava na gestão Ivan Rodrigues) e o Columbia News (dirigido ao bairro Afonso Pena e ainda a Folha da Mulher que é de Campo Largo mas tem edição local). 
Desses, apenas 7 continuam com periodicidade regular. 
Como finaliza a matéria sobre a Gazeta do Povo, reforçamos a corrente: Oremos pela sobrevivência do jornal impresso em SJP.




Nenhum comentário:

Postar um comentário